segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Uma nova maneira de se pensar Museus



Basicamente todos os meus posts até agora falaram o quanto a internet revolucionou práticas que já estávamos acostumados a ver de um jeito e que ela nos fez começar a pensar diferente. Chegou a vez de falar dos museus que ganharam então os WEBMUSEUS: que são aqueles museus que a gente já conhecem, porém, com um espaço na internet. Além destes, surgiu também uma nova forma de se pensar museus: os Museus Virtuais, que são aqueles que existem apenas no meio virtual.

Para diferenciar o material e a forma de como esses museus se apresentam no ambiente online, cito umas definições de Schweibenz (2004):

O museu folheto (the brochure museum): este é um site que contém a informação básica sobre o museu, como os tipos de coleção, detalhes de contatos, etc. Seu objetivo é informar visitantes potenciais sobre o museu.


O museu de conteúdo (the content museum): este é um site que apresenta os museus, que possuem serviços de informação, e convida o visitante virtual a explorá-los online. O conteúdo é apresentado de maneira orientada ao objeto e é basicamente idêntico à base de dados da coleção. É mais útil para experts que para leigos porque o conteúdo não está desenvolvido didaticamente. O objetivo deste tipo de museu é proporcionar um retrato detalhado de suas coleções.


O museu do aprendizado (the learning museum): este é um site que oferece diversos pontos de acesso para seus visitantes virtuais, de acordo com suas idades, antecedentes e conhecimento. A informação é apresentada de maneira orientada ao contexto em vez de ao objeto. O site é desenvolvido didaticamente e relacionado através de links a informações adicionais que motivam o visitante virtual a aprender mais acerca de um assunto de seu interesse e a revisitar o site. O objetivo do museu do aprendizado é fazer o visitante virtual retornar e estabelecer uma relação pessoal com a coleção online. Idealmente, o visitante virtual virá ao museu para ver os objetos reais.


O museu virtual (the virtual museum): o próximo passo adiante do ‘museu do aprendizado’ é proporcionar não apenas informação acerca das coleções da instituição, mas conectá-las a coleções digitais de outros. O museu virtual não tem acervo físico. Neste sentido, coleções digitais são criadas sem contrapartida no mundo físico.


Como qualquer instituição a mais ou menos quinze anos atrás foi "forçada" a ter o seu espaço na internet, com as Unidades de Informação não poderia ser diferente. Já que o seu grande objetivo é disseminar e tornar acessível a informação as pessoas, nada melhor que este seu conteúdo esteja disponível virtualmente. É claro que este espaço na internet não anula a visitação do espaço físico, ele serve apenas como um complemento das informações referentes ao museu e apresentar o que possui no seu acervo (com exceção do museu virtual, que seu acervo é apenas o da rede), e claro, dar acesso aquelas pessoas que estão em algum lugar distante e que se não fosse desta forma, nunca teria acesso aquele acervo. Além disso, os sites de museus podem servir como uma grande porta de entrada para que as pessoas se sintam “obrigadas” a irem conhece-lo.


Para encerrar, dou a dica para que vocês acessem o Museu Picasso que disponibilizou fotografias de seu espaço físico e suas obras no Flickr!

Uma boa visita!

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