Com essa passagem do jornal para o meio virtual e a explosão de informacional na internet, é necessário a interferência de um profissional que consiga organizar da melhor forma possível essas informações para que não se perca nada no meio desse montante: o arquiteto da informação, função a qual o bibliotecário tem todas as condições sendo talvez o melhor profissional para exercer o cargo.
Um site, principalmente se ele for um jornal online, atualizado a todo o momento, necessita ser muito bem organizado e que utilize uma boa ferramenta de busca para que o usuário/leitor consiga recuperar o que procura. Assim como afirma Espantoso (2000, p. 137) "[ . . .] a Arquitetura da Informação é a organização consiente de grandes volumes de informação, de forma que os usuários possam usufruir de uma fácil navegação em seus sítios.”
Abaixo estão listados os dez princípios da navegação propostos por Fleming (1998, p. 13):
- Facilidade de aprendizagem: o conteúdo pode ser maravilhosamente misterioso, m,as o acesso a ele não, os usuários não devem perder muito tempo aprendendo a utilizar um dispositivo de navegação complexo;
- Deve ser consciente: apresentar ao usuário alternativas que levem ao mesmo conteúdo de uma forma segura;
- Deve prover uma retroalimentação – esta é essencial aos usuários, pois informa sucesso ou deficiência na navegação e ainda permite aos projetistas um acompanhamento da utilização dos sítios;
- Presente em diferentes formas de acordo com o contexto: sempre disponíveis quando requisitadas;
- Deve oferecer alternativas: os usuários são diferentes, seja pelos recursos que utilizam seja por suas preferências;
- Busca a economia nas ações e no tempo de utilização: deve procurar facilitar o acesso provendo rapidamente as necessidades de informação do usuário;
- Deve apresentar mensagens claras ao tempo certo;
- Oferece rótulos consistentes: os rótulos não devem ser confusos ou ambíguos;
- Deve estar em sintonia com os próprio sítio;
- Deve aprender com o comportamento do usuário.
Esse 10° princípio retrata bem o que eu já havia falado no outro post, aprender com o comportamento e principalmente ouvir quem está utilizando o serviço. Um site, um jornal e até uma biblioteca para conseguir atingir o seu público, deve estar inserido nesse mundo digital, que é o meio em que as pessoas vem utilizando cada vez mais, seja de seu computador em casa, mini notebooks, celulares, etc. Estar online não é mais um diferencial e sim o essencial, é o mínimo para que haja um melhor atendimento e um maior alcance de pessoas. Seja utilizando as ferramentas da WEB 2.0, seja com sites bem elaborados, com buscadores simples, porém eficientes. A área da Arquitetura da Informação está em constante expansão, o profissional bibliotecário que pretende ficar no mercado de trabalho, deve dominar mais esta área, caso não queira ficar de fora.
Referência:
ESPANTOSO, José Juan Péon. O arquiteto da informação e o bibliotecário do futuro. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 23/24, n. 2, p. 135-146, 1999/2000.